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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Série - Breaking Bad e suas lições de negócios

Imagem: Corbis
Os amantes das séries de TV norte-americanas tem diversos motivos para aclamar Breaking Bad, de Vince Gilligan, como um dos melhores exemplos do gênero. Se não o mais marcante.

Não só eles. Mulheres e homens de negócios também podem dizer o mesmo da odisseia do personagem principal, o professor de química Walter White, que decide partir para o tráfico de metanfetamina.

Diante da dificuldade de fazer dinheiro suficiente para enfrentar um câncer e cuidar de sua esposa grávida e do filho que tem uma paralisia, Walter escolhe a vida do crime ao lado de um ex-aluno, Jesse Pinkman.

E o que seria apenas uma atividade paralela ao ensino torna-se uma grande aventura com contornos dramáticos à medida que as temporadas avançam. São cinco, e valem as horas assistidas.

Não é a toa que tanto a produção como os principais atores - Bryan Cranston (White) e Aaron Paul (Pinkman) - foram largamente premiados pelo trabalho desempenhado.

Improvisar e inventar

Breaking Bad - em tradução literal, "tornando-se mal" - é um exemplo dos conflitos gerados por uma atividade escusa na vida de uma família. Ao mesmo tempo, mostra a inventividade do personagem principal em lidar com cada uma das adversidades.

Não elogio as ações de Walter White. "Ah, ele não tinha saída". "Fez isso pela família". "Não dá pra culpá-lo, a vida está difícil". Nenhuma dessas frases justifica partir para a ilicitude.

Só que é impressionante ver o cérebro dele em ação. Como ele antevê cada dificuldade. Todo o universo do tráfico de drogas é um grande tabuleiro, e ele sabe como cada peça vai se movimentar.

Ao conhecer os riscos e calcular as possibilidades de manter a cabeça em cima do pescoço, Walter desenvolve soluções mirabolantes. Algumas exploram suas habilidades como químico.

Mas o que impressiona é a capacidade de improvisar soluções. Uma aptidão bastante apreciada em diversas profissões e fundamental para aquele que tenta empreender de maneira lícita.


Jesse (Aaron Paul) e Walter (Bryan Cranston) negociam. Imagem: Reprodução
Cadeia do negócio

Outro ponto a ser observado na série por aqueles interessados em negócios é como as circunstâncias fazem White tornar-se empreendedor pequeno, trabalhar com parceiros complicados, negociar com eles, ter a visão de um negócio até chegar às cabeças do crime.

Todo o processo de desenvolvimento de um negócio e sua cadeia de relações e desenvolvimento são mostrados na série sob a ótica do tráfico, com um realismo fascinante. Esse retrato bem desenvolvido está casado com um roteiro lento, sem furos, e intrigante.

Se você quer ser empreendedor, assistir a essa série lhe mostrará os diversos desafios à sua frente. E o maior deles é estar ciente de cada etapa e dos riscos envolvidos em cada uma delas.

Walter percorre todo esse caminho enquanto lida com problemas e com um agravante de não revelar a verdade à sua família. E sem contar a polícia atrás dele.

Ética nas relações

Podemos questionar muitas das decisões tomadas pelo professor de química para manter o negócio do ponto de vista ético. Ele reflete muitas vezes um egocentrismo importante para que o empreendedor cresça, mas o exagero dele é algo que devemos ficar atentos.

É a cegueira ao acharmos que estamos acima da lei, quando estamos à margem dela, ou agir como nos convier que pode nos derrubar. Passar por cima dos outros não é a melhor solução, embora seja algo visto amplamente no mercado.

É a minha opinião. Pense bem nas suas escolhas. Prefira ser um empreendedor que trabalha pelo bem comum. E que desenvolve bons negócios para si e os outros players - o "ganha-ganha".

Claro que, em se tratando de tráfico de drogas, é ganha ou morre...

O produto campeão

Mas nada disso seria possível para Walter estar tão no centro dos acontecimentos se ele não tivesse desenvolvido um produto ideal para um mercado consumidor específico.

A metanfetamina azul criada por ele é desejada por todos os principais consumidores - e em seguida pelos distribuidores - do mercado do tráfico.

A metanfetamina azul de Walter White. Imagem: Corbis
Sem dúvida essa é a maior lição que a série pode ensinar a um empreendedor. Se o seu produto for bom, sua marca irá longe e todos estarão interessados no que você fez.

É claro que mesmo sua fórmula de sucesso, ainda que você a proteja, poderá e será copiada em algum momento. Esteja preparado para isso. Mas se o seu trabalho for bem feito ao desenvolver o produto, seus ganhos estarão assegurados.

Quem tem competência se estabelece. E não só Walter, como os atores e autores da série demonstraram isso, ao construírem um marco na história da televisão norte-americana.

Para quem não viu na TV, Breaking Bad está disponível no Netflix. Se você já a conhece ou se nunca assistiu e quer enriquecer o debate sobre o empreendedorismo em Breaking Bad, deixe seu comentário depois do bip.

Bip.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Livro - A Magia

Imagem: Submarino.com
Embora eu trate bastante aqui no blog sobre livros de negócios, abrirei o leque para tratar de uma obra de auto-ajuda. A Magia, de Rhonda Byrne.

Mesmo grandes livros como "Quem pensa, enriquece" do mestre Napoleon Hill e outros autores da área consideram a mentalidade positiva como algo capaz de ser um motor de mudanças na vida das pessoas.

Portanto, se você é daqueles que têm preconceito contra livros de auto-ajuda, peço que baixe suas defesas. Principalmente se as coisas não estiverem muito certas na sua vida.

Eu já vivi alguns momentos de decepção. Morte de amigos. Período de desemprego. Romances terminados - em geral, pela outra pessoa. Em cada um deles, enfrentei a dificuldade de superar e seguir em frente.

Nunca é fácil superar uma derrota porque ninguém gosta de perder. Lidar com o luto é uma arte difícil. Em alguns casos, a decepção não dura mais que 24 horas. Em outros, nem um ano é suficiente - a depender do enlutado.

É por depender desse indivíduo que a superação está ao nosso alcance. E esse livro, de uma forma diferente, mostrou-me isso.

Não sou tão familiarizado com as obras de Rhonda Byrne. Mas vivi um momento em minha vida que as minhas escolhas não davam certo.

Ainda que empregado, tinha dificuldade em atender às demandas. Um dos meus desafogos da rotina estressante, a atividade física, estava suspensa por causa de uma contusão na coxa. Nem paz de espírito eu tinha, e isso se refletiu em um relacionamento - que terminou.

No meio disso tudo, onde entra o livro, uma sugestão muito especial?

A Magia surge no momento em que até a pior das circunstâncias possui algo de bom dentro dela. Algo pelo qual se deve agradecer. Esse é um livro que poderia muito bem se chamar "gratidão", porque é disso que trata.

Tantas vezes esquecemos de dizer obrigado para as pessoas em atividades mundanas. Como o garçom que traz a sua comida. Ou a faxineira que limpa a sua sala. O cozinheiro que faz a sopa do seu restaurante favorito.

Quando agradecemos, demonstramos satisfação com o serviço realizado. Mas o livro vai além.

Ainda que não seja o melhor atendimento, um "muito obrigado" pode motivar o garçom a melhorar. O mesmo efeito teria na faxineira e no cozinheiro, e para qualquer outra pessoa.

Mas a principal mudança praticada está em você mesmo. Porque ao dizer obrigado até para os objetos mais simples no seu dia, como o ar que você respira, a água que bebe ou a saúde de que goza, você está movimentando a sua mente a acreditar que está tudo bem.

Isso é suficiente para lhe fazer abrir um sorriso todos os dias. E a buscar novos objetivos com motivação.

Os céticos diriam algo do tipo "ah, você apenas vira um bobo alegre". Ou "eu agradeci todos os dias e não ganhei na mega sena".

Aí está o problema. A mentalidade da gratidão ensinada no livro não pede em troca. Não é um caminho de retorno programado.

Ela apenas movimenta o seu corpo, cérebro e espírito para agradecer pelo que tem - e até pelo que ainda deseja antes de tê-lo. A mágica da gratidão atua em suas emoções, como uma forma a mais de estimulá-lo a ir em busca dos seus desejos.

Essa é a verdadeira magia. Alimentar sua mente a pensar positivamente mesmo na pior das situações. Naturalmente, você tomará consciência dessa força ao começar a buscar outras realizações, e se sentirá muito mais estimulado.

Por isso recomendo esse livro. Ele possui exercícios diários para serem praticados ao longo de 28 dias. E que podem ser retomados, a depender da dificuldade que você enfrente.

Ou mesmo para você que vai muito bem, obrigado. Leia. Os ensinamentos de Rhonda Byrne podem lhe surpreender.

Se você já leu A Magia e tem uma opinião a respeito, ou quer sugerir outras obras desse e de outros temas ligados à mentalidade positiva, deixe seu comentário abaixo.

Eu agradeço.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Trabalhe para realizar seus objetivos

Foto: Corbis

Já assisti duas vezes e não me canso das piadas de How I met your mother. Para mim, entre os famosos "sitcons" americanos - os populares seriados de comédia enlatados, com aqueles sacos de risadas ao fundo - é o melhor.

Mas antes que você imagine ser este um post sobre a série, apenas vou me ater a um trecho dela.

É uma cena que acontece na última temporada, portanto não vou identificar os personagens, para evitar spoilers. Apenas  direi que não são os principais - embora um deles tenha grande relevância na história e passava por um momento difícil, sem saber o que fazer da vida.

Quantos de nós não vivem, viveram ou conhecem alguém que passa por isso? "O que faço da minha vida"? "Será esse mesmo o caminho que quero seguir"? "Algo está faltando em mim, mas não sei o que é".

Tantas questões parecidas. Esse personagem B passava por um desses momentos. Eis que o outro, A, ensina uma lição sobre sonhos que todos já ouvimos de alguma forma. Só que não a praticamos.

No momento de dúvida de 'B',o personagem 'A' pergunta qual é o grande sonho da vida do outro. Ao ouvir a resposta - e poderia ter sido qualquer uma - ele dá o veredito definitivo.

"Então, a partir de agora, tudo o que você fizer da sua vida deve ser para atingir esse objetivo".

Tragados pelo cotidiano e seu rol de demandas - ganhar dinheiro, pagar contas, cuidar dos entes queridos, comer, trabalhar - muitas vezes deixamos de lado nossos sonhos mais íntimos.

Somos seres movidos pelo raciocínio, mas pouco o utilizamos para alcançar as nossas paixões. Aqueles que conseguem fazê-lo, em geral, são pessoas que satisfazem seus interesses. Ou estão em constante movimento para torná-los realidade. E também estão satisfeitos.

Nada dá mais prazer do que alcançar um objetivo. Seja ele qual for. 

Casar. Arrumar um emprego na área desejada. Abrir o próprio negócio. Comprar o primeiro carro ou casa. Conseguir um aumento. Conquistar a pessoa amada.

Tudo bem, você pode até não ser movido por desafios e ainda assim estar satisfeito. Ter paz de espírito com isso. Não há problema algum.

Para aqueles que não sabem o que é isso porque são constantemente bombardeados com as perguntas do quarto parágrafo deste texto, a dica do personagem de How I met your mother é um norte.

"Então, a partir de agora, tudo o que você fizer da sua vida deve ser para atingir esse objetivo".

Coloque isso como o principal guia de suas tarefas diárias. Ainda que seu trabalho hoje não lhe permita coincidir com os objetivos, tenha em mente que o trabalho desempenhado hoje deve ser para realizar aquele sonho maior.

Por exemplo, se a sua maior aspiração é ter sua própria loja, estude sobre isso. Pergunte a outros que têm um estabelecimento comercial como eles fizeram. Pesquise e se informe sobre alternativas de financiamento.

"Ah, mas não dá tempo, tenho que trabalhar para alimentar minha família". Todos temos que fazer isso. Pense em formas de usar seu tempo livre. Se necessário, fique uma hora a mais acordado. O sonho valerá o esforço. Ou seja, pense!

O sonho, o objetivo, o nosso desejo. Existe combustível maior do que esse?

Para não esquecer: "a partir de agora, tudo o que você fizer da sua vida deve ser para atingir esse objetivo".

O que você está esperando?

Se gostou do texto, odiou ou quer dar uma opinião a respeito, por favor, deixe seu comentário abaixo depois do bip.

Bip.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Para refletir - 66% dos bilionários nos EUA são empreendedores

Crédito: Corbis

Ao ler o jornal O Globo hoje (1) pela manhã, vi a coluna "Conte algo que não sei" e me detive por alguns minutos com uma frase bem interessante, logo no início.

O espaço normalmente faz um pequeno Q&A (Perguntas e respostas) com o entrevistado, privilégio experimentado por Ricardo Stanford Geromel nesta quinta. 

Paulista, investidor, autor de livro sobre bilionários, sócio do Strikers, time dos EUA, junto com Ronaldo Fenômeno.

Geromel escreveu para a Forbes, aquela revista norte-americana da lista dos mais endinheirados estadunidenses. Lá, participou da "equipe de riqueza", que escrevia sobre bilionários e ex-bilionários. Ou seja, estudou o assunto.

Vejam o que ele diz sobre os resultados do perfil dos "riquíssimos" dos EUA:

"Na pesquisa para meu livro, sobre o que bilionários têm em comum, identifiquei oito similaridades. Uma não é óbvia: 66% deles são empreendedores, o restante é formado por “espermas sortudos” ou gente que multiplicou a própria herança. Outra me surpreendeu: bilionários trabalham mais que a maioria das pessoas que conheço."

Empreender e trabalhar mais de 8 horas por dia. Robert Kiyosaki (Pai Rico, Pai Pobre) e outros tantos já tinham dito isso.

Não é diferente em outros lugares - ainda que em países como o Brasil, as pessoas questionem enriquecimentos de natureza duvidosa. 

Mas é inegável que o perfil e atitudes empreendedor te levam mais longe na conquista de seus objetivos. Vale a pena conferir a entrevista completa.

E você? Concorda? Discorda? Duvida? Deixe seu pitaco nos comentários, depois do bip.

Bip.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Business Insider: quem disse que Ashton Kutcher não sabe investir?

Ator Ashton Kutcher também sabe investir. Crédito: Corbis
Quem já viu o ator Ashton Kutcher em séries como That's 70's Show, Two and a Half Men, ou em filmes como Cara, Cadê meu Carro e Efeito Borboleta dificilmente o veria como investidor de sucesso.

Mas o cara que tem mais de 17 milhões de seguidores no Twitter (@aplusk) é também um homem de negócios. Desde 2010, Kutcher tem feito investimentos com sua firma de venture capital, a A-Grade Investments.

Ao repercutir uma entrevista que o ator deu ao seu próprio website - A-Plus - a Business Insider trouxe três regras básicas dele para identificar investimentos.

As dicas se baseiam no que ele observa em um empreendedor.

1) Os empreendedores devem entender intimamente seu produto e sua indústria: boas ideias apenas não bastam.

2) Eles devem ter uma personalidade que vai lhes permitir confrontar falhas e revezes: Kutcher diz que ainda que a ideia seja a melhor no mundo inteiro e o empreendedor tenha expertise sobre o que tem em mãos, obstáculos vão surgir e você precisa ser uma pessoa engenhosa e com força de vontade para superar adversidades.

3) Interessados em ter o ator como investidor precisam se dar bem com ele: afinal, ele não vai assinar um compromisso de milhões de dólares e anos de aconselhamento com alguém com quem ele não quer estar.

Veja a reportagem completa na Business Insider

E aí? Surpreso em saber que o Kelso sabe investir? Concorda com o que ele propõe? Deixe seu comentário depois do bip.

Bip.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Filme - Moneyball: o homem que mudou o jogo

O mundo dos esportes é excelente para se buscar exemplos de liderança. Pessoas que fizeram a diferença nesse universo, muitas vezes ao mudarem as regras do jogo. 

Nesse mundo está o ápice da competição humana. Física, mental e até financeira. Mexe com a emoção das pessoas - o que torna as disputas ainda mais eletrizantes.

Eu já tinha mudado para Brasília quando assisti Moneyball - o homem que mudou o jogo. Uma película sobre um esporte que os americanos amam - e eu entendo muito pouco. O beisebol.

Não é a toa que eles adoram. É um dos esportes onde estatísticas fazem a diferença, e ressaltam a diferença entre os melhores e os piores times, atletas, enfim.

Mas é aí, onde sempre se atuou de um jeito, que um homem tenta mudar a forma como se comportar em campo e obter vitórias.

Brad Pitt vive Billy Beane, o manager do time Oakland A's, que perdeu alguns de seus principais atletas para a nova temporada. A reposição precisava de qualidade.

Mas Billy vive incomodado com a forma como se apostava nos atletas, e eles nem sempre demonstravam resultados. Não há como saber disso antes do sujeito ir para o campo.

Essa abordagem comprometia as escolhas feitas. O próprio Billy era visto como um grande talento na juventude, que nunca explodiu.

Eis que ele conhece Peter Brand, vivido por Jonah Hill, que apresenta uma proposta diferente. Uma forma de ver o jogo a partir das estatísticas fundamentais para se ganhar o jogo.

"Sua meta não deveria ser comprar jogadores. Deveria ser comprar vitórias. Para comprar vitórias, você precisa comprar mais home runs" - Peter Brand (Jonah Hill)

Em busca de uma nova alternativa aos fracassos nas contratações, Billy resolve arriscar, e faz uma brusca mudança. Claro que há rejeição daqueles que "sempre viram o jogo do mesmo jeito". As discordâncias abrem críticas dentro do próprio Oakland A's.

O tempo de maturação daquela nova equipe não é rápido. Embora as críticas venham imediatamente depois.

Ao longo do filme, Billy entende que não basta ele querer. Até porque, não convenceu em nenhum momento o treinador Art Howe (vivido por Philip Seymour Hoffman) daquela forma de atuar.

Ele então decide focar na equipe. Se antes ele não se aproximava dos jogadores, para demiti-los mais facilmente, ele passa a mostrar aos comandados como funciona aquela nova abordagem.

As explicações colocam a equipe num rumo de vitórias. Tanto que o time consegue se aproximar da maior série invicta da história da liga norte-americana de beisebol.

Se vai superá-la ou não, se vai vencer o campeonato ou não, aí você tem que ver o filme, uma história real.

São tantas lições de negociação, gestão de pessoas, tratamento com seus funcionários, estratégia e abordagem diferente que você vai ficar impressionado. 

Sem contar a missão de um homem em acreditar numa aposta, e fazê-la dar certo. Nem sempre é fácil, e o caminho da desistência é comum, quando na verdade cada queda mostra um novo aprendizado.

Assista Moneyball - o homem que mudou o jogo. Coloquei até o trailer abaixo, pra você se inspirar.


Não esqueça de comentar hein?

domingo, 27 de julho de 2014

Lições - Davi e Golias - parte 1

Quem já acompanha a Biblioteca, sabe como sou fã desse cara, Malcolm Gladwell. E a forma dele de tratar assuntos e fenômenos do cotidiano, aparentemente estranhos e sem explicação.

No último livro dele, Davi e Golias -  a arte de enfrentar gigantes (Sextante, 2014), o alvo da investigação é o fato de adversários menos favorecidos, menores, mais fracos, com menos recursos para chegar à vitória - qualquer que seja ela - conseguem superar oponentes mais preparados e fortes.


Aqui, trazemos as lições do livro, divididas em duas partes. A primeira, segue abaixo, com os ensinamentos das análises de Gladwell.

Observação: Esses não são os títulos originais dos capítulos, e sim, o que de especial ele traz ao blogueiro para a compreensão.

Capítulo 1 - Dá pra vencer um jogo "perdido"?

- Use seus pontos fortes, e os fracos do adversário para superá-lo. Não é preciso jogar pelas mesmas regras do mais forte. Apenas superá-lo (alguém se lembra de Brasil 1 x 7 Alemanha na Copa?).
- Pode-se jogar de mais de um jeito. Mas uma estratégia não-convencional exige um esforço duplo ou triplo além do comum. Raciocínio + atitude. Quem assistiu ao filme Moneyball - o homem que mudou o jogo - vai entender o que estou dizendo.
- Não desista de sua estratégia, a não ser que tenha outra melhor, sob pena de ser derrotado.

Capítulo 2 - Mais nem sempre é bom.

Estudos mostram que muito pobres e muito ricos tem problemas na educação dos filhos - contratempos diferentes, é verdade, mas existentes. Para explicar esse raciocínio, é apresentada a curva em U invertido. 


Capítulo 3 - Uma questão circunstancial.

- É melhor ser um peixe grande numa lagoa pequena ou um peixe pequeno numa lagoa grande
- A primeira opção te dá mais liberdade criativa, aproveitar um nicho. A segunda impõe mais desafios e barreiras, o que não invalida o desafio. 
- Pense nisso: "Se você está deprimido em um lugar onde a maioria das pessoas está muito insatisfeita, você se compara com aqueles a sua volta e não fica tão mal. Mas se você está deprimido onde todos estão sorrindo, você fica ainda pior."

Capítulo 4 - Capacidade de superação

- Pesquisas apontam que muitos dos grandes homens e mulheres de sucesso passaram por traumas severos, como a perda de um pai ou mãe. E ao superarem esse sofrimento, encontraram formas de superar as dificuldades.
- "Como sociedade, precisamos de pessoas que emergiram de algum tipo de trauma (?)" - a resposta é sim, apesar de isso poder arrasar vidas. "Tem coisas que ou elevam você ou derrubam" - ou as duas coisas em momentos diferentes.

*****

Pense em alguns desses ensinamentos. Postarei depois a segunda parte que explica em detalhes as condições identificadas por Gladwell para um "Davi" superar um "Golias".


Aproveite para deixar seus comentários no espaço abaixo.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Livro: Tatica mente


A Copa já passou, mas os ensinamentos de torneios de “tiro curto” como esse – o principal do esporte bretão em todo o planeta – podem ser aproveitados em outras áreas.

Tática mente (Panda Books, 2014) mostra as montagens e estratégias realizadas por treinadores ao longo de 80 anos de Copas do Mundo.

O jornalista Paulo Vinícius Coelho – talvez o maior mestre das estatísticas na área futebolística no país – escreveu essa obra antes do resultado desastroso do Brasil nas semifinais.

Uma obra desse tipo pode passar despercebida dos estrategistas. E não me refiro apenas àqueles relacionados ao mundo da bola.

Em 166 páginas, PVC narra histórias de como os treinadores construíram esquemas táticos, que percorreram os gramados ao longo de 19 Copas do Mundo – a 20ª foi a do Brasil.

Os esquemas são mostrados fora da ordem cronológica. Uma forma de dar ao leitor a oportunidade de arrumar as propostas de jogo, e a história das Copas, a depender do interesse.

Também uma maneira de não iniciar pelas últimas – ou pelas primeiras – e manter a atenção do leitor por toda a obra.

Independente da ordem de leitura, logo na apresentação o autor já deixa claro que nem sempre a tática faz um time vencedor. Ou deixa de realizar esse feito.

Por isso a dubiedade do título “tática mente”. Tática e mente. São duas coisas juntas – a cabeça e o campo de jogo que, na opinião de PVC, “contam bastante da história das Copas”.

Uma seleção não vence só com desenho tático. Ganha com aplicação dos conceitos do futebol.

Uma equipe não triunfa apenas com raça, sem organização. Ou com craques desorganizados no gramado. 

Assim como não adianta a tática estar arrumada na cabeça do técnico e ninguém entender como aplicá-la.

Os grandes aprendem como se ganha. Comprometem-se com aquilo. E fazem do caminho para a vitória sua batalha diária naquele mês – com aprendizado, dedicação e busca pelo resultado.

Agora transfira isso do campo de jogo para seu negócio ou planejamento de vida.

Tática mente é uma leitura rápida e que passeia por histórias e a história da Copa do Mundo de Futebol. 

Você termina o livro em uma tarde.

Funciona também para entender que existe mais de uma forma de ganhar o jogo. Qualquer que seja ele na sua carreira, vida pessoal ou empreendimento.


Dúvidas, críticas, informações adicionais, por favor, o espaço de comentários logo abaixo é seu.

domingo, 6 de julho de 2014

Neymar: como substituir o seu craque?


Não se fala em outra coisa no país além da Copa do Mundo.

Não se comentou outro assunto nesse fim de semana além da contusão que tirou o atacante brasileiro Neymar da competição.

E uma das perguntas é: como é possível seguir em frente sem o craque do time?

Aposto que muita gente já viveu essa experiência no ambiente de trabalho. Qual chefe não fica sentido ao saber que seu principal trabalhador não vai seguir no trabalho?

Independe da razão, e da sua satisfação em saber que um grande jogador da sua equipe vai para algo melhor, em busca da própria felicidade.

Passada a saída, é hora de juntar os cacos, arrumar a casa e saber como é possível substituir aquela posição.

Quem entra?

Assim como na Seleção brasileira, substituir o craque maior com apenas um jogador é impossível. Afinal, nem todo mundo consegue fazer o que o Neymar faz.

Mas há outras alternativas. Basta entender que, em 1962, o Brasil perdeu Pelé. Garrincha precisou ser ainda mais decisivo. O grupo mudou. E um inspirado Amarildo ajudou a manter as coisas no lugar. Fomos campeões. Mesmo sem o gênio maior.

Ninguém chega ao ápice do futebol e da carreira, uma seleção nacional, sem ter qualidades. É preciso agora que os outros jogadores  não só se empenhem, como também arrisquem mais.

No mundo dos negócios funciona do mesmo jeito. Com algumas vantagens diferentes de um selecionado que conta com apenas 23 pessoas naquele momento.

Então, pense, como você substitui o seu Neymar, que está fora de combate?

Motive o grupo e busque qualidades escondidas.

Por mais que seu craque, melhor trabalhador, mais inteligente ou algo parecido tenha um diferencial, ele precisa de uma equipe que faça esse diferencial sobressair, e oferecer-lhe vantagem competitiva.

Um passo importante é motivar o grupo, e enxergar no problema uma “oportunidade”, como já disse o técnico Felipão.

É a chance dos outros talentos, que “carregaram o piano para o craque”, brilharem. Encontre outras alternativas. Se não houver muito tempo para as mudanças drásticas, o ideal é manter o conjunto firme, usar a perda como motivação, assumir as limitações e tentar surpreender.

Não é a toa que o gestor precisa estar atento às qualidades latentes de outros membros da equipe. O craque decide, mas todo mundo tem seu valor quando trabalha numa equipe. Fazer a estrutura rodar de um jeito um pouco diferente pode facorecê-lo.

Foco no resultado, não na substituição

A Seleção brasileira precisa encontrar um time que vença dois jogos. Não uma nova forma de jogar. Apenas uma maneira de suprir uma ausência, mas com o foco no resultado final – ou seja, o título mundial.

Na sua empresa funciona da mesma maneira. Enquanto seu time estiver focado no resultado, ele trabalhará e encontrará meios para obtê-lo.

Um bom gestor não limita as alternativas. Mas em uma emergência dessas proporções, é preciso ter cartas na manga, ou “planos B, C, D”, como preferir. Uma boa gestão de crise está também em identificar com quem se pode contar em horas de dificuldade.

Saiba que haverá problemas e erros. Use-os como inspiração.

É óbvio que dificilmente a primeira resposta à uma substituição será a mais desejada. Há casos em que isso acontece, com motivação, talento e trabalho. Mas pelo menos por um tempo a ausência será sentida.

Não é problema que haja erros. O erro está em não utilizá-los como forma de colocar ainda mais lenha na fogueira da motivação. Um general não desiste sem ao menos tentar uma alternativa – ainda que improvável aos olhos de outros.

É nessa hora que entra em campo uma característica fundamental: entrosamento.

Equipe que joga junta, permanece unida.

A Costa Rica na Copa foi um fenômeno. Nunca uma equipe da América Central foi tão longe, desafiou gigantes como Itália, Inglaterra, Uruguai, Holanda, e ainda terminou a competição invicta.

É a força do coletivo, empurrada por uma motivação fora do comum. Saber como seu companheiro atua, facilita suas ações. Por isso, além de união e comprometimento, é preciso que a equipe tenha noção e disposição para se sacrificar pelo companheiro.

Vale apelar também a quem já se conhece e “joga melhor junto” nessas horas. Entrosamento favorece sempre. Cabe ao líder alimentar essas características, além de ser um exemplo. Doar-se mais que os outros.

Uma derrota (ou uma vitória) não é o fim.

Perder faz parte. Compreender isso fortalece o grupo. E o alimenta para futuras conquistas. Tudo tem o seu momento. E ter a consciência disso faz com que boas equipes de trabalho deem frutos.

É preciso que o líder entenda isso. E faça com que os investidores, acionistas majoritários e superiores estejam cientes das mudanças, como serão administradas e que deem carta branca à equipe. Não adianta pular fora na última hora.

Apesar dos craques, o mérito da vitória ou a tristeza da derrota são de um conjunto. Ainda que um ou dois grandes craques não possam entrar em campo, o coletivo prevalece. Enalteça o esforço do grupo. Parabenize a dedicação extra. E lute até o fim.

****

Espero que tenham gostado do artigo. Deixem o comentário depois do bip.


Bip.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Livro - Davi e Golias, de Malcolm Gladwell

É bom voltar a postar nesse espaço, depois de tanto tempo.

A vida mudou em muitas coisas. Menos na vontade de escrever sobre literatura de negócios. E outras coisinhas mais...

E o retorno não pode ser mais interessante. Com meu autor favorito, Malcolm Gladwell, e o último lançamento dele que tenho notícia.
Fonte: arquivopassional.com

Daví e Golias – a arte de enfrentar gigantes (Sextante, 2014) trata sobre a narrativa bíblica que demonstra como é possível superar alguém maior, com mais recursos ou alternativas.

Claro que as condições para isso precisam ser diferentes para cada um dos lados. Mas o que Gladwell ressalta é que essa possibilidade existe.

O que mais gosto nele, pra quem já viu as resenhas de O ponto da virada e Outliers – Fora de série. é a quantidade de exemplos empregados, a distância entre as características deles, e como Gladwell os interliga, o que dá coesão à análise.

As vezes parece que ele força a barra.

Logo no começo do livro, vi certos excessos quando ele descreve a batalha entre o gigante Golias – um homem, segundo o autor, com gigantismo e toda a sorte de problemas que daí vem – e um hábil fundista (não o maratonista, mas o atirador da funda, uma arma potente disparada à distância).

O problema é você contestá-lo. Porque ele se baseia em diversos autores para tirar suas conclusões. Não são afirmações ao acaso, há embasamento. E aí ele ganha esse leitor.

Para vocês verem, ele também admite limitações. Ao tratar da curva em U invertido – uma análise de como o excesso pode complicar as coisas tanto quanto a falta – Gladwell cita o pai dele, um matemático, que considera o autor simplista demais na avaliação.

Trarei mais sobre essa análise nas lições aprendidas.

A única coisa a me deixar reticente nesse livro é que o autor trata de um fenômeno já citado e explicado em outras obras, principalmente de gestão e negócios. Nesse universos, exemplos de pequenos que obtêm vitórias contra gigantes existem.

É diferente, por exemplo, de se investigar fenômenos que fogem ainda mais à realidade, como nas duas obras que citei anteriormente (Fora de série e O ponto da virada).

Mas esse é um pequeno grão, num mar de argumentos que o farão dar estalos semelhantes ao de uma lâmpada que se acende na sua cabeça, para a investigação feita.

Repito, para quem considerar a crítica exageradamente positiva. Davi e Golias é uma leitura intrigante, para ser degustada em tardes e noites de fruição.

Especialmente para aqueles que se surpreendem com os resultados da Copa do Mundo de 2014, em que tantas forças menores têm usado o calor e outros elementos a seu favor.

Por ora, estamos de volta. Aproveite para comentar. Como sempre, depois do bip.

Bip.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Novas aquisições - Know-how e O Mito do Empreendedor

Dois livros que adquiri com bons descontos.
















Know How, de Ram Charam, trata sobre liderança empresarial. O autor cita oito capacidades necessárias a quem pretende administrar bem um negócio. 

Tanto do ponto de vista de lucros e perdas, como na visão de recursos humanos, entre outros.

O Mito do Empreendedor, de Michael E. Gerber, um best-seller de empreendedorismo. Principalmente para aqueles que pretendem se planejar antes de abrir o próprio negócio.

Mas o mais legal dos dois é o desconto que consegui...

Know-how estava em uma prateleira com uma etiqueta de preço. 20 reais de desconto. O vendedor disse que isso não é feito na loja que comprei, mas estava lá, e ele nem discutiu.

Afinal, o código de defesa do consumidor alerta: Se o produto estiver com dois preços, vale o mais baixo ao consumidor.

Se foi piada de alguém ou não, foi bom conseguir o desconto.

Quanto a O Mito do Empreendedor, o desconto era de 5 reais para quem tem o cartão-fidelidade da loja. Sorte a minha.

Assim, cresce o leque de opções na biblioteca.
















Agora é só conseguir férias para ler todos esses grandes livros. E, claro, postá-los na biblioteca.

Comente sobre minhas novas aquisições. E sobre as suas também.

Aí embaixo, depois do bip.

Bip.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Novas aquisições - Gratidão.

O sentimento de gratidão não é bom?




















Espero que o livro do Gary Vaynerchuk sobre o assunto também seja.

Gratidão - Como gerar um sentimento incrível de satisfação em todos os clientes. Um livro que trata sobre essa nova forma de marketing. 

Da forma como encantar seus clientes pode fazer deles incríveis difusores dos seus produtos, conceitos, e negócios.

Pense nisso na próxima vez que estiver atendendo. Estimule a ...




















Se você já leu, ou quer ler, ou se já viu outros livros semelhantes, deixe um comentário. Depois do bip, please.

Bip.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Curiosidades - Riscar ou não os livros?

Imagem: flickr.com/photos/enoch/page2

















O terror de bibliotecários quando recebem um livro é vê-lo com páginas rasgadas. Sujas. Molhadas. Ou riscadas.

Se você já foi a qualquer biblioteca, sabe que muitos livros são riscados. Há quem compreenda os conteúdos melhor desse jeito. Marcando aquilo que for mais importante no momento.

... Ainda que depois não vá retomar aquilo. Até porque, é um livro de biblioteca. Outros vão usá-lo também.

Pior ainda se o risco é a caneta. Não sei o que machuca mais, o risco de caneta, ou o liquid paper - aquele corretor - usado nas páginas pra "limpar".

Os que gostam de riscar os livros dizem que você fica mais atento. Não perde o foco. E ainda retoma aqueles conteúdos ao final de um capítulo. Ou para fazer um esquema pós-leitura.

Embora o livro, muitas vezes, fique todo riscadinho.

Lembro que na faculdade, quando pegava uma xerox do professor, nem sempre sabia o que iria riscar. Alguns textos eram completamente grifados. Outros, ficavam mais limpos que sujos.

E os esquemas de borda de página? Setas, aspas, parêntesis...

Bons tempos.

Mas quando o papo é com livros, bem, eu só concordo que você risque os seus próprios. É como estou lendo esse garoto aqui.

Agora, Fazer isso com o de outra pessoa, ou de uma biblioteca, só se você fizer a lápis, e apagar depois.

E olhe lá!

Uma saída legal para não perder os conteúdos que você quiser pode ser usar algum tipo de programa agregador de conteúdos. Há alguns na web, que podem ajudá-lo.

Em especial, nas melhores citações dos autores.

Outra é fazer um mapa mental - um esquema utilizando palavras e temas-chave do livro. Isso depois da leitura total, ou de um capítulo.

E você? Curte riscar os livros? Odeia? Opine, comente. Depois do bip.

Bip.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Lições aprendidas - De onde vêm as boas ideias.

Como prometido aqui, eis as lições aprendidas desse belo livro. 

Esquematizei um mapa mental e coloquei em tópicos - depois deixo um post sobre o assunto mapas mentais, um grande aliado para os leitores.

Esse é o caminho das ideias. Entenda como um ciclo, sem necessariamente uma ordem claramente definida. Até porque, não estão necessariamente na ordem do livro.

Cada conceito com uma breve descrição vem acompanhado de uma ação proposta, para melhorar a produtividade das suas ideias.




O Possível adjacente.

"Espaço" que possa ser preenchido com sugestões, propostas, ideias. É preciso reconhecer e aceitar esse espaço no seu ambiente.
- Ação: promover o respeito, a aceitação de novos conceitos, é a base para explorá-los. Não podar as novas ideias logo de cara.

As Redes líquidas.

Conexões de pensamento que constroem o conhecimento. Entre a dispersão total e a rígida estratificação departamental.
- Ação: favorecer o desenvolvimento e o diálogo da rede, sem obrigar resultados.

Serendipidade

O acidental choque de conceitos e conteúdos, de diferentes áreas, que geram novas ideias. Colisões e descobertas improváveis.
- Ação: estar aberto a permitir que esses "encontros fortuitos" de conhecimentos aconteçam.

Exaptação

Adaptação de conceitos de uma área para a outra. Um "link" de  conhecimentos.
- Ação: estimular hobbies e outras atividades não relacionadas ao trabalho, ou projeto, realizado. 

Erro

Sucessivos demonstram persistência em acertar. Como o acerto, é uma obra em parte, do acaso, possibilitado pelo que o possível adjacente oferece de espaço para as tentativas.
- Ação: ver o erro como parte de um processo natural, e portanto, pode ser estimulado em alguma medida.

Intuição lenta

Ao se explorar o possível adjacente, surgem sugestões e novas propostas. E a investigação das mesmas, de forma gradual, interligando-as a outras, faz com que novos conceitos sejam formados.
- Ação: enxergar a intuição alheia como parte de um processo, do qual você pode ou não fazer parte.

Plataformas

Espaços que permitem o desenvolvimento e a discussão de ideias. A troca de conteúdos acontece em plataformas. Como recifes de corais, ou os cafés literários nas cidades do século passado.
- Ação: As plataformas se estimulam entre si. Logo, crie plataformas abertas, para permitir que outros desenvolvam conteúdos e conhecimentos ali, e que possam se agregar em seguida. (Ex: Twitter).

Em tempo: o post original do livro é esse aqui.

Se você gostou, ficou com dúvidas, ou quer comentar, fique a vontade. Depois do bip.

Bip.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Livro - De onde vem as boas ideias.

A sugestão parece um desafio e tanto. Como ter boas ideias? De onde elas vêm? É possível encontrá-las em um livro?

imagem: historiasdepublicitaria.blogspot.com
É o desafio a que o escritor Steven Johnson se propõe. De onde vêm as boas ideias (Where good ideias come from, 2010) desmistifica a ideia de que uma grande ideia surge de um local isolado. De um pensador solitário. Aquela metáfora do cientista sozinho em seu laboratório.

Até pode acontecer. Mas Johnson acredita que a maior parte delas nasce da cooperação entre cérebros. Do diálogo das ideias. E de um contexto propício ao surgimento da lâmpada na cabeça e da expressão "eureka!".

(Aliás, adoraria saber quem a inventou... Esqueçam, a Wikipedia respondeu: Arquimedes. Veja aqui.)

Esse ambiente deve possuir, entre as principais características, um possível adjacente. Ou seja, um estímulo ao espaço para que as ideias surjam e se desenvolvam. 

Que possibilite a formação das redes líquidas entre as pessoas, para que elas possam discutir e trocar conhecimentos - colaborando em conjunto.

Johnson acredita que o insight mais comum é aquele que vem quando a pessoa se propõe a pensar sobre algo. A suspeitar, a partir de uma intuição da resposta. Que não é rápida. É um processo lento.

O livro traz ainda outros conceitos que possibilitam o florescimento das ideias, como a serendipidade - a abertura da mente para outras ideias. Que podem se relacionar com o caminho que você tenta traçar. E que pode levar à chamada "conexão acidental", em que se baseia a serendipidade.

Além disso, o erro deve ser visto como um acerto, em outro sentido. Que possibilitam a mudança de rota,  uma nova tentativa. Ou a exaptação - o uso de conhecimentos, conteúdos e produtos de outras áreas em uma específica, adaptados.

Importante também é a noção de plataformas. Ambientes providos por uma variante, e onde outros podem desenvolver seus conteúdos. Ideias se chocar. A construção coletiva ser feita. 

Uma plataforma como uma colônia de coral que sustenta um ecossistema marinho, ou um café universitário onde engenheiros de várias áreas se encontram.

Parece complexo? Acreditem, esse foi o livro mais complicado que li. Pelos devaneios, choques de conceitos usados, linguagem, sem contar as dezenas de ideias brilhantes usadas como exemplo. 

Acho até que não estava preparado para lê-lo. Mas aproveitei um bocado. Vale como uma leitura de férias, para abrir a cabeça e tentar novas possibilidades.

A propósito, um excelente trabalho da editora Zahar. Não identifiquei um erro sequer de português. E olha que sou daqueles chatos para isso...

Esse, com certeza vai voltar em uma futura sessão "lições aprendidas".

Se você já leu, e quer contribuir, comente. Depois do Bip.

Bip.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Novas aquisições - Good to Great

Esse era um livro que eu já queria há muito tempo na minha biblioteca...
















Good to Great - Empresas feitas para vencer, livro de Jim Collins. E comprei pela metade do preço, uiê...


Depois de um estudo com algumas das principais marcas do mundo, ele tenta sintetizar o DNA de uma empresa realmente vencedora.

Apontado por grandes publicações como uma das principais obras sobre gestão e negócios já lançadas.


Não sei quando terei tempo de lê-lo. Ultimamente, o trabalho tem me consumido um bocado. Vocês devem ter notado que demorei para fazer postagens em sequência.

Mas tudo ao seu tempo. Ainda vou devorar esse livro...
















Até lá, que tal comentarem a experiência que vocês, demais viciados em livros, têm de Good to Great - Empresas feitas para vencer?

Mas só depois do bip.

Bip.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Livro de negócios - A bola não entra por acaso.

Imagem: submarino.com.br
Quando peguei esse livro, em uma biblioteca de Salvador, já conhecia um pouco da história que o autor traria. Apaixonado por futebol como sou, já conhecia a fama do Barcelona. Equipe da primeira divisão do futebol espanhol, e uma das maiores potências do mundo.

Não bastasse isso, é uma equipe que joga bonito. O toque de bola envolvente encanta até quem não é muito fã  de futebol. Mas, por trás disso tudo, há uma história e um planejamento desenvolvidos.

E no livro A bola não entra por acaso (La pelota no entra por azar, 2009), Ferran Soriano, vice-presidente econômico do Barcelona entre 2003 e 2008, mostra que é preciso planejar muito para ter sucesso. Em qualquer coisa. E também no futebol.

O livro começa meio lento. Soriano nem sempre fala sobre o que interessa - a transformação vivida pelo time do Barcelona de 2003 - quando corria risco de deixar de ser um dos maiores clubes da Espanha e da Europa - até 2008 - quando se consolidava como gigante mundial.

As vezes, o autor gasta muito tempo com explicações demais sobre planejamento e gestão, fora do futebol. O que não tira o mérito de suas análises.


Primeiro, ele desmistifica a ideia de que só o futebol é um universo único e diferente de todos os outros. Ora, todos o são. E é preciso estudá-los a fundo, para se chegar ao que se deseja.

Daí, ele analisa como funciona a formação de conceitos como gestão de equipes, liderança, negociação, as estratégias, e um dos capítulos mais interessantes sobre RH que já li na minha vida.

Nessa parte do livro, ele aponta que é preciso estabelecer critérios para se trabalhar com jogadores - e que as vezes saem até da esfera do clube, como capacidade de adaptação à nova cidade. Não por acaso, foi o que impediu o sucesso de Riquelme, meia cerebral do Boca Juniors, no Barcelona.

Mais interessante ainda é a parte do livro em que ele fala sobre remunerações fixas e variáveis. No futebol, isso é comum, com as chamadas premiações. Soriano aponta como é importante haver critérios que nos permitam conferir a tal profissional o seu valor extra por rendimento.

Ele propõe dois terços de fixo, mais um terço de variável. Mas isso se adequa a cada realidade.


O mais importante é que ele vai a frente em algo tão corriqueiro em nossos dias. A proatividade faz com que os profissionais queiram render mais, e se isso trouxer mais lucro à empresa, precisam ser melhor remunerados. Não de maneira fixa, mas variável.

Algo que muitas grandes empresas, principalmente no Brasil, ainda não fazem.

Leia o livro. E depois aproveite para comentar aqui. Logo depois do bip.

Bip. 

sábado, 24 de setembro de 2011

Livro de negócios - Mais tempo, mais dinheiro


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Decidi escrever sobre esse livro enquanto conversava com um colega da pós-graduação. Que por sinal finalizei - ao menos as disciplinas - ontem.

Foi lá também que comecei a me interessar por livros de negócios. E esse foi um incentivador. Acho que foi o segundo livro sobre investimentos e negócios que eu li.

Mais tempo, Mais dinheiro. O que mais alguém poderia querer? Afinal, com tempo temos a felicidade de fazer o que queremos. E com dinheiro, realizamos sonhos.

Nesse livro, Gustavo Cerbasi e Christian Barbosa - especialistas em dinheiro e tempo - se unem para criar um livro com dicas e sugestões de como administrar essas duas grandezas fundamentais para qualquer um. Eles contam experiências pessoais, que os fizeram lidar com tempo e dinheiro.

Em uma dessas, o Cerbasi fala sobre um plano de 100 objetivos que cada um deveria traçar. Desde plantar uma árvore até chegar ao primeiro milhão. Colocar tudo no papel e fazer funcionar. Muitas vezes o que falta é um objetivo claro, um norte.

Ele mesmo já passou dos cem primeiros com a esposa. Aí, é fácil, é só traçar mais cem!

Por falar nisso, a participação e apoio da família são fundamentais em qualquer plano. Não adianta se tudo o que sua mulher economizar você torrar com jogos de videogame e cerveja... Ou, ela pegar sua poupança e jogar no cartão...

Imagens: portaldaleitura.net
Os comentários do Christian também são interessantes. Principalmente quanto aos e-mails. O método dele é que você não deve guardar o que não presta e não precisa, só o estritamente necessário. Dar atenção ao que realmente importa, e não gastar mais do que o tempo necessário para isso. O resto vai pra o lixo.

Embora em alguns momentos pareça bem radical, quantos de nós estão com as caixas lotadas?

Um livro bem legal pra você que deseja mudar de vida. Ele pode te guiar nesse caminho. 

Mas o start tem que se dado por você. Em querer planejar e sair do zero. Da conta bancária ou do relógio...

Se você já leu ou quer comentar sobre o livro, faz isso depois do bip.

Bip.

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