Mostrando postagens com marcador serendipidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador serendipidade. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Lições aprendidas - De onde vêm as boas ideias.

Como prometido aqui, eis as lições aprendidas desse belo livro. 

Esquematizei um mapa mental e coloquei em tópicos - depois deixo um post sobre o assunto mapas mentais, um grande aliado para os leitores.

Esse é o caminho das ideias. Entenda como um ciclo, sem necessariamente uma ordem claramente definida. Até porque, não estão necessariamente na ordem do livro.

Cada conceito com uma breve descrição vem acompanhado de uma ação proposta, para melhorar a produtividade das suas ideias.




O Possível adjacente.

"Espaço" que possa ser preenchido com sugestões, propostas, ideias. É preciso reconhecer e aceitar esse espaço no seu ambiente.
- Ação: promover o respeito, a aceitação de novos conceitos, é a base para explorá-los. Não podar as novas ideias logo de cara.

As Redes líquidas.

Conexões de pensamento que constroem o conhecimento. Entre a dispersão total e a rígida estratificação departamental.
- Ação: favorecer o desenvolvimento e o diálogo da rede, sem obrigar resultados.

Serendipidade

O acidental choque de conceitos e conteúdos, de diferentes áreas, que geram novas ideias. Colisões e descobertas improváveis.
- Ação: estar aberto a permitir que esses "encontros fortuitos" de conhecimentos aconteçam.

Exaptação

Adaptação de conceitos de uma área para a outra. Um "link" de  conhecimentos.
- Ação: estimular hobbies e outras atividades não relacionadas ao trabalho, ou projeto, realizado. 

Erro

Sucessivos demonstram persistência em acertar. Como o acerto, é uma obra em parte, do acaso, possibilitado pelo que o possível adjacente oferece de espaço para as tentativas.
- Ação: ver o erro como parte de um processo natural, e portanto, pode ser estimulado em alguma medida.

Intuição lenta

Ao se explorar o possível adjacente, surgem sugestões e novas propostas. E a investigação das mesmas, de forma gradual, interligando-as a outras, faz com que novos conceitos sejam formados.
- Ação: enxergar a intuição alheia como parte de um processo, do qual você pode ou não fazer parte.

Plataformas

Espaços que permitem o desenvolvimento e a discussão de ideias. A troca de conteúdos acontece em plataformas. Como recifes de corais, ou os cafés literários nas cidades do século passado.
- Ação: As plataformas se estimulam entre si. Logo, crie plataformas abertas, para permitir que outros desenvolvam conteúdos e conhecimentos ali, e que possam se agregar em seguida. (Ex: Twitter).

Em tempo: o post original do livro é esse aqui.

Se você gostou, ficou com dúvidas, ou quer comentar, fique a vontade. Depois do bip.

Bip.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Livro - De onde vem as boas ideias.

A sugestão parece um desafio e tanto. Como ter boas ideias? De onde elas vêm? É possível encontrá-las em um livro?

imagem: historiasdepublicitaria.blogspot.com
É o desafio a que o escritor Steven Johnson se propõe. De onde vêm as boas ideias (Where good ideias come from, 2010) desmistifica a ideia de que uma grande ideia surge de um local isolado. De um pensador solitário. Aquela metáfora do cientista sozinho em seu laboratório.

Até pode acontecer. Mas Johnson acredita que a maior parte delas nasce da cooperação entre cérebros. Do diálogo das ideias. E de um contexto propício ao surgimento da lâmpada na cabeça e da expressão "eureka!".

(Aliás, adoraria saber quem a inventou... Esqueçam, a Wikipedia respondeu: Arquimedes. Veja aqui.)

Esse ambiente deve possuir, entre as principais características, um possível adjacente. Ou seja, um estímulo ao espaço para que as ideias surjam e se desenvolvam. 

Que possibilite a formação das redes líquidas entre as pessoas, para que elas possam discutir e trocar conhecimentos - colaborando em conjunto.

Johnson acredita que o insight mais comum é aquele que vem quando a pessoa se propõe a pensar sobre algo. A suspeitar, a partir de uma intuição da resposta. Que não é rápida. É um processo lento.

O livro traz ainda outros conceitos que possibilitam o florescimento das ideias, como a serendipidade - a abertura da mente para outras ideias. Que podem se relacionar com o caminho que você tenta traçar. E que pode levar à chamada "conexão acidental", em que se baseia a serendipidade.

Além disso, o erro deve ser visto como um acerto, em outro sentido. Que possibilitam a mudança de rota,  uma nova tentativa. Ou a exaptação - o uso de conhecimentos, conteúdos e produtos de outras áreas em uma específica, adaptados.

Importante também é a noção de plataformas. Ambientes providos por uma variante, e onde outros podem desenvolver seus conteúdos. Ideias se chocar. A construção coletiva ser feita. 

Uma plataforma como uma colônia de coral que sustenta um ecossistema marinho, ou um café universitário onde engenheiros de várias áreas se encontram.

Parece complexo? Acreditem, esse foi o livro mais complicado que li. Pelos devaneios, choques de conceitos usados, linguagem, sem contar as dezenas de ideias brilhantes usadas como exemplo. 

Acho até que não estava preparado para lê-lo. Mas aproveitei um bocado. Vale como uma leitura de férias, para abrir a cabeça e tentar novas possibilidades.

A propósito, um excelente trabalho da editora Zahar. Não identifiquei um erro sequer de português. E olha que sou daqueles chatos para isso...

Esse, com certeza vai voltar em uma futura sessão "lições aprendidas".

Se você já leu, e quer contribuir, comente. Depois do Bip.

Bip.