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terça-feira, 29 de julho de 2014

Lições - Davi e Golias - parte 2

Aqui está a parte 2 das lições aprendidas no livro Davi e Golias - a arte de enfrentar gigantes. Uma obra recomendadíssima para aqueles que acreditam que "tamanho não é documento".

E para os que não creem nisso entenderem como o menor supera o maior. Lembro que esses não são os títulos originais dos capítulos, e sim, o que de especial ele traz ao blogueiro para a compreensão.


Capítulo 5 - Formas de se superar os "Golias" por aí:

1) Compensar sua incapacidade com outras habilidades.
2) Um trauma: se você quase for atingido, pode ficar arrasado. Mas se foi 'remotamente atingido' (ou seja, soube de quem foi, mas você não foi), pode se tornar mais forte e confiante.

3) Não ter nada a perder te dá a "desculpa perfeita" para insistir, uma "liberdade inesperada."

Capítulo 6 - Regras? Que regras?

Duas observações: Se não pode superar o forte, o fraco não joga pelas mesmas regras. Assim, o que pode aparentar como "nada demais" ao forte, pode fazer toda diferença ao fraco na hora do 'duelo'.


Capítulo 7 - Princípio da legitimidade

1) Para que lhe obedeçam, pessoas precisam acreditar que tem voz junto a você (lembre-se disso ao liderar seus funcionários).
2) A lei deve ser previsível, e não mudará por qualquer coisa, para se cristalizar.
3) A autoridade deve ser justa, e não tratar de forma diferenciada.

ERRO de Leites e Wolf: "Tudo que deve ser levado em consideração são regras e princípios racionais". Ora, a verdade é que vale a legitimidade aceita. O que você faz para que isso dê certo?

Capítulo 8 - Punir com que rigor?

- Penas e punições rígidas resolvem? Estudos mostram que até certo ponto (lembra da curva em U invertido?)
- Encarcerar um cidadão por tempo demais pode causar danos colaterais que superem os benefícios.
- Reconhecer as limitações das vantagens e admitir outras alternativas (perdão ao invés de uma cruzada incessante por justiça - ou seria satisfação pessoal?)

Capítulo 9 - Observações finais

- Os poderosos não são tão poderosos como se pensa, e os fracos não são tão fracos.
- Não subestime alguém só porque ele é menor que você. Outras qualidades e vantagens escondidas podem eliminar a diferença de forças. Ou você acha que Davi não sabia o que estava fazendo ao enfrentar um gigante como Golias?


E aqui terminamos. Para mais, veja a resenha do livro Davi e Golias.

Críticas, dúvidas e sugestões, por favor, no espaço abaixo para os comentários.

domingo, 27 de julho de 2014

Lições - Davi e Golias - parte 1

Quem já acompanha a Biblioteca, sabe como sou fã desse cara, Malcolm Gladwell. E a forma dele de tratar assuntos e fenômenos do cotidiano, aparentemente estranhos e sem explicação.

No último livro dele, Davi e Golias -  a arte de enfrentar gigantes (Sextante, 2014), o alvo da investigação é o fato de adversários menos favorecidos, menores, mais fracos, com menos recursos para chegar à vitória - qualquer que seja ela - conseguem superar oponentes mais preparados e fortes.


Aqui, trazemos as lições do livro, divididas em duas partes. A primeira, segue abaixo, com os ensinamentos das análises de Gladwell.

Observação: Esses não são os títulos originais dos capítulos, e sim, o que de especial ele traz ao blogueiro para a compreensão.

Capítulo 1 - Dá pra vencer um jogo "perdido"?

- Use seus pontos fortes, e os fracos do adversário para superá-lo. Não é preciso jogar pelas mesmas regras do mais forte. Apenas superá-lo (alguém se lembra de Brasil 1 x 7 Alemanha na Copa?).
- Pode-se jogar de mais de um jeito. Mas uma estratégia não-convencional exige um esforço duplo ou triplo além do comum. Raciocínio + atitude. Quem assistiu ao filme Moneyball - o homem que mudou o jogo - vai entender o que estou dizendo.
- Não desista de sua estratégia, a não ser que tenha outra melhor, sob pena de ser derrotado.

Capítulo 2 - Mais nem sempre é bom.

Estudos mostram que muito pobres e muito ricos tem problemas na educação dos filhos - contratempos diferentes, é verdade, mas existentes. Para explicar esse raciocínio, é apresentada a curva em U invertido. 


Capítulo 3 - Uma questão circunstancial.

- É melhor ser um peixe grande numa lagoa pequena ou um peixe pequeno numa lagoa grande
- A primeira opção te dá mais liberdade criativa, aproveitar um nicho. A segunda impõe mais desafios e barreiras, o que não invalida o desafio. 
- Pense nisso: "Se você está deprimido em um lugar onde a maioria das pessoas está muito insatisfeita, você se compara com aqueles a sua volta e não fica tão mal. Mas se você está deprimido onde todos estão sorrindo, você fica ainda pior."

Capítulo 4 - Capacidade de superação

- Pesquisas apontam que muitos dos grandes homens e mulheres de sucesso passaram por traumas severos, como a perda de um pai ou mãe. E ao superarem esse sofrimento, encontraram formas de superar as dificuldades.
- "Como sociedade, precisamos de pessoas que emergiram de algum tipo de trauma (?)" - a resposta é sim, apesar de isso poder arrasar vidas. "Tem coisas que ou elevam você ou derrubam" - ou as duas coisas em momentos diferentes.

*****

Pense em alguns desses ensinamentos. Postarei depois a segunda parte que explica em detalhes as condições identificadas por Gladwell para um "Davi" superar um "Golias".


Aproveite para deixar seus comentários no espaço abaixo.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Livro - Davi e Golias, de Malcolm Gladwell

É bom voltar a postar nesse espaço, depois de tanto tempo.

A vida mudou em muitas coisas. Menos na vontade de escrever sobre literatura de negócios. E outras coisinhas mais...

E o retorno não pode ser mais interessante. Com meu autor favorito, Malcolm Gladwell, e o último lançamento dele que tenho notícia.
Fonte: arquivopassional.com

Daví e Golias – a arte de enfrentar gigantes (Sextante, 2014) trata sobre a narrativa bíblica que demonstra como é possível superar alguém maior, com mais recursos ou alternativas.

Claro que as condições para isso precisam ser diferentes para cada um dos lados. Mas o que Gladwell ressalta é que essa possibilidade existe.

O que mais gosto nele, pra quem já viu as resenhas de O ponto da virada e Outliers – Fora de série. é a quantidade de exemplos empregados, a distância entre as características deles, e como Gladwell os interliga, o que dá coesão à análise.

As vezes parece que ele força a barra.

Logo no começo do livro, vi certos excessos quando ele descreve a batalha entre o gigante Golias – um homem, segundo o autor, com gigantismo e toda a sorte de problemas que daí vem – e um hábil fundista (não o maratonista, mas o atirador da funda, uma arma potente disparada à distância).

O problema é você contestá-lo. Porque ele se baseia em diversos autores para tirar suas conclusões. Não são afirmações ao acaso, há embasamento. E aí ele ganha esse leitor.

Para vocês verem, ele também admite limitações. Ao tratar da curva em U invertido – uma análise de como o excesso pode complicar as coisas tanto quanto a falta – Gladwell cita o pai dele, um matemático, que considera o autor simplista demais na avaliação.

Trarei mais sobre essa análise nas lições aprendidas.

A única coisa a me deixar reticente nesse livro é que o autor trata de um fenômeno já citado e explicado em outras obras, principalmente de gestão e negócios. Nesse universos, exemplos de pequenos que obtêm vitórias contra gigantes existem.

É diferente, por exemplo, de se investigar fenômenos que fogem ainda mais à realidade, como nas duas obras que citei anteriormente (Fora de série e O ponto da virada).

Mas esse é um pequeno grão, num mar de argumentos que o farão dar estalos semelhantes ao de uma lâmpada que se acende na sua cabeça, para a investigação feita.

Repito, para quem considerar a crítica exageradamente positiva. Davi e Golias é uma leitura intrigante, para ser degustada em tardes e noites de fruição.

Especialmente para aqueles que se surpreendem com os resultados da Copa do Mundo de 2014, em que tantas forças menores têm usado o calor e outros elementos a seu favor.

Por ora, estamos de volta. Aproveite para comentar. Como sempre, depois do bip.

Bip.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Livro - Fora de série - Outliers.

Fonte: blog.meiapalavra.com.br
Adoro os livros do Malcolm Gladwell. 

Pela forma como ele escreve, ao guiar você pelo caminho que ele apresenta. Pelos estudos e exemplos empregados. Para confirmar ou quebrar uma tese. Pelas ironias, enfim.

Sem dúvida, não havia melhor post para comemorar os 6 meses de Biblioteca do Masca no ar. Até porque esse blog pretende, um dia, ser um espaço diferenciado.

Fora de série (Outliers, 2008) é um livro em que Gladwell pretende descobrir por que algumas pessoas chegam ao sucesso, e outras, não.

Pela nossa forma de ver o mundo e a sociedade, tendemos a acreditar que esses indivíduos de trajetórias excepcionais foram abençoados. Com dons magníficos, talento peculiar e mais chances que qualquer outra pessoa no mundo.

São tantos exemplos. Beatles, Bill Gates, Steve Jobs, e, aqui no Brasil, Neymar - no futebol.

De acordo com Gladwell, não basta ter um dom. Nem um QI acima da média. Existem outros fatores que dizem muito mais sobre os "fora de série".

Com análises e pesquisas, o autor traz uma perspectiva de que até a data em que você nasce pode fazer a diferença. 

Já parou pra pensar que o dia das seleções das crianças para o time mirim - entre 8 e 10 anos - beneficia quem faz aniversário pouco depois da seleção? Afinal, quando se tem pouca idade, a diferença física é mais presente.

E que, depois da seleção, a criança com alguns meses a mais, tem acesso a melhores treinos, exercícios diferenciados, e mais chance de se tornar um fora de série?

O que dizer, então, dos Beatles terem saído de Liverpool para Hamburgo, e voltarem uma banda totalmente diferente. Você sabia que eles passavam 8 horas durante pelo menos 6 dias por semana tocando em cima de um palco?

O exemplo ilustra outra média - a das 10 mil horas de prática em sua vida, para ser especialista naquilo a que você se propõe. E é apenas parte do processo.

Gladwell pontua ainda que algumas variáveis de contexto podem interferir na história. Como o fato de sua família ser judia influenciar em suas decisões de gastos - e economia pessoal.

Parece então que dá pra criar "foras de série"? Nem tanto. Mas com certeza Gladwell faz com que você repense algumas coisas sobre esses "supergênios". Abre sua mente a novas perspectivas.

Acredite, ele não quer nada além disso. E por isso gosto tanto dos livros dele.

Em tempo: Outlier não quer dizer necessariamente "fora de série", e sim, algo afastado, diferenciado dos demais. Por isso, a tradução foi feita com "fora de série" ao invés, por exemplo, de "fora da linha".

Aproveite e deixe seu comentário depois do bip.

Bip.