quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Greve da PM na Bahia - mais movimento, mais polêmicas...

Hoje pareceu que a cidade deu ares de sábado. Ou de uma sexta-feira.

No ônibus, mais pessoas. No trânsito, também.

Em Periperi, comércio aberto. Mas só até as 16h. Para que se expor, não é?

Hoje visitei Alto de Coutos e a estrada da Cocisa, em Paripe. Ambos nos subúrbio ferroviário. Metade das  lojas fechadas nas duas vizinhanças. Alguns já foram até baleados durante assaltos.

Em Cajazeiras, mais uma morte. Fora isso, não vi muitas informações de saques. Acho que os bandidos estão aproveitando os eletrodomésticos e móveis já roubados...

No Centro Administrativo, além de reforço nas tropas do exército e da força nacional - agora são 1400 militares ao todo - manifestantes mais agitados.


Durante o dia, acompanhei uma moça que quis entregar insulina a um PM, dentro da Assembleia Legislativa. E um senhor com uma sacola de medicações para outro no prédio. Ambos, sem sucesso.

Isso gerou novos protestos do lado de fora. A ordem não assumida, mas conhecida, é isolar total quem está lá, e deixar que o pessoal se canse e saia por conta própria.

Conheci algumas famílias que estão concentradas na área externa. A espera de uma solução. Cansados e com poucos mantimentos, as mulheres e crianças ficam com sede.


Persistem. Por seus maridos, filhos, irmãos. Sob um calor de 35º.

Aí veio a noite. O Jornal Nacional. E um trecho de gravação que pode complicar a situação.

O líder do grupo que invadiu a Assembleia - e gerou toda uma greve não prevista - aparece incentivando um colega a realizar um protesto em uma estrada - a Rio-Bahia.

O governo já disse que não negocia com PMs que praticaram vandalismo. Poderia queimar a imagem do cidadão, e incentivar uma invasão ao prédio? Acho que não necessariamente.

Até porque, a gravação surge em momento oportuno. É um trecho apenas.

Fortaleceria o governo, e até mesmo pode evitar uma greve no Rio de Janeiro - aí sim, um foco de preocupação da rede Globo.

Fato é que se torna uma guerra de informação. E só deixa ainda mais político o caráter dessa disputa.

Enquanto o povo sofre - e o que mais me dói é isso.

Dinheiro é gasto para manter tropas e alimentar manifestantes (doações, sei). Tempo é perdido em negociações que não se esgotam. Enquanto ficamos a mercê desses interesses.

Sempre os malditos interesses. De uma minoria. Seja de policiais, de políticos, governantes, aspones, todos juntos. O povo ainda é maioria.

E a nossa paciência, bem, essa já foi pro buraco há muito tempo.

Que seja pago o que os policiais merecem. Que se investigue e prenda os vândalos e arruaceiros. E que a justiça julgue corretamente - inclusive livrando os inocentes.

E fim dessa maldita greve. Já.

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