segunda-feira, 30 de junho de 2014

Livro - Davi e Golias, de Malcolm Gladwell

É bom voltar a postar nesse espaço, depois de tanto tempo.

A vida mudou em muitas coisas. Menos na vontade de escrever sobre literatura de negócios. E outras coisinhas mais...

E o retorno não pode ser mais interessante. Com meu autor favorito, Malcolm Gladwell, e o último lançamento dele que tenho notícia.
Fonte: arquivopassional.com

Daví e Golias – a arte de enfrentar gigantes (Sextante, 2014) trata sobre a narrativa bíblica que demonstra como é possível superar alguém maior, com mais recursos ou alternativas.

Claro que as condições para isso precisam ser diferentes para cada um dos lados. Mas o que Gladwell ressalta é que essa possibilidade existe.

O que mais gosto nele, pra quem já viu as resenhas de O ponto da virada e Outliers – Fora de série. é a quantidade de exemplos empregados, a distância entre as características deles, e como Gladwell os interliga, o que dá coesão à análise.

As vezes parece que ele força a barra.

Logo no começo do livro, vi certos excessos quando ele descreve a batalha entre o gigante Golias – um homem, segundo o autor, com gigantismo e toda a sorte de problemas que daí vem – e um hábil fundista (não o maratonista, mas o atirador da funda, uma arma potente disparada à distância).

O problema é você contestá-lo. Porque ele se baseia em diversos autores para tirar suas conclusões. Não são afirmações ao acaso, há embasamento. E aí ele ganha esse leitor.

Para vocês verem, ele também admite limitações. Ao tratar da curva em U invertido – uma análise de como o excesso pode complicar as coisas tanto quanto a falta – Gladwell cita o pai dele, um matemático, que considera o autor simplista demais na avaliação.

Trarei mais sobre essa análise nas lições aprendidas.

A única coisa a me deixar reticente nesse livro é que o autor trata de um fenômeno já citado e explicado em outras obras, principalmente de gestão e negócios. Nesse universos, exemplos de pequenos que obtêm vitórias contra gigantes existem.

É diferente, por exemplo, de se investigar fenômenos que fogem ainda mais à realidade, como nas duas obras que citei anteriormente (Fora de série e O ponto da virada).

Mas esse é um pequeno grão, num mar de argumentos que o farão dar estalos semelhantes ao de uma lâmpada que se acende na sua cabeça, para a investigação feita.

Repito, para quem considerar a crítica exageradamente positiva. Davi e Golias é uma leitura intrigante, para ser degustada em tardes e noites de fruição.

Especialmente para aqueles que se surpreendem com os resultados da Copa do Mundo de 2014, em que tantas forças menores têm usado o calor e outros elementos a seu favor.

Por ora, estamos de volta. Aproveite para comentar. Como sempre, depois do bip.

Bip.