É bom voltar a postar nesse espaço, depois de tanto tempo.
A vida mudou em muitas coisas. Menos na vontade de escrever
sobre literatura de negócios. E outras coisinhas mais...
E o retorno não pode ser mais interessante. Com meu autor
favorito, Malcolm Gladwell, e o último lançamento dele que tenho notícia.
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Fonte: arquivopassional.com |
Daví e Golias – a arte de enfrentar gigantes (Sextante, 2014)
trata sobre a narrativa bíblica que demonstra como é possível superar alguém
maior, com mais recursos ou alternativas.
Claro que as condições para isso precisam ser diferentes
para cada um dos lados. Mas o que Gladwell ressalta é que essa possibilidade
existe.
O que mais gosto nele, pra quem já viu as resenhas de O ponto da virada e Outliers – Fora de série. é a quantidade de
exemplos empregados, a distância entre as características deles, e como Gladwell os interliga, o que dá coesão à análise.
As vezes parece que ele força a barra.
Logo no começo do livro, vi certos excessos quando ele
descreve a batalha entre o gigante Golias – um homem, segundo o autor, com
gigantismo e toda a sorte de problemas que daí vem – e um hábil fundista (não o
maratonista, mas o atirador da funda, uma arma potente disparada à distância).
O problema é você contestá-lo. Porque ele se baseia em
diversos autores para tirar suas conclusões. Não são afirmações ao acaso, há
embasamento. E aí ele ganha esse leitor.
Para vocês verem, ele também admite limitações. Ao tratar da
curva em U invertido – uma análise de como o excesso pode complicar as coisas
tanto quanto a falta – Gladwell cita o pai dele, um matemático, que considera o
autor simplista demais na avaliação.
Trarei mais sobre essa análise nas lições aprendidas.
A única coisa a me deixar reticente nesse livro é que o
autor trata de um fenômeno já citado e explicado em outras obras,
principalmente de gestão e negócios. Nesse universos, exemplos de pequenos que
obtêm vitórias contra gigantes existem.
É diferente, por exemplo, de se investigar fenômenos que
fogem ainda mais à realidade, como nas duas obras que citei anteriormente (Fora de série e O ponto da virada).
Mas esse é um pequeno grão, num mar de argumentos que o farão
dar estalos semelhantes ao de uma lâmpada que se acende na sua cabeça, para a
investigação feita.
Repito, para quem considerar a crítica exageradamente
positiva. Davi e Golias é uma leitura intrigante, para ser degustada em tardes
e noites de fruição.
Especialmente para aqueles que se surpreendem com os
resultados da Copa do Mundo de 2014, em que tantas forças menores têm usado o
calor e outros elementos a seu favor.
Por ora, estamos de volta. Aproveite para comentar. Como sempre, depois do bip.
Bip.
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