sexta-feira, 10 de maio de 2013

Livro - Como salvar uma hora todos os dias.

Você pode até achar arrogância do Michael Heppell ao ler as primeiras páginas de Como salvar uma hora todos os dias (How to save an hour every day, Gente editora, 2013).

Ele diz que o método é garantido. Você vai conseguir, desde que siga algumas ideias propostas no livro. Que, por sinal, não prega verdades absolutas. E isso é muito bom.

Porque quando se fala de qualquer assunto na área de negócios, tem sempre aqueles que se dizem "os sábios absolutos", "eu tenho a solução", blablablá...

E voltamos ao começo do texto: uma possível arrogância que você veja nesse livro.

Não. Não aqui.

O cara é impressionante! Desde o começo, ele deixa bem claro que você não precisa ler o livro todo. Isso consome tempo. Exatamente o que ele quer ensinar a economizar.

Ele propõe que você passe as páginas, ou veja no índice aquilo que mais lhe interessa. Quando encontrar algum tema ou dica de interesse, aí sim você parte pra ela.

Além disso, com pequenos "economizadores" de tempo nos pés das páginas, ele propõe uma leitura com ação. E que você marque o quanto pode economizar com cada dica.

Mais do que apenas uma obra sobre gestão de tempo, o livro ensina sobre planejamento, organização, descartar o que não é necessário, tomada de decisão, entre outros assuntos.

E de uma forma divertida, conversada, e dinâmica. Sem contar que cada pessoa pode ter uma leitura diferente do livro.


A depender de onde pode estar o seu problema - tomada de decisão e não saber o que descartar são alguns dos meus - você irá focar naquele ponto.


E algumas ideias, como uma, intitulada "de 100 mil dólares" vai te surpreender. E não pense que é pouco, porque ela valia esse valor nos anos 1930. 

Hoje seria uma ideia de uns 12 milhões em moeda americana...

Outro ponto que eu considero importante são os "sequestradores de tempo". Pessoas da família, do trabalho, atribuições e responsabilidades que você assume sem ter a real noção do quanto aquilo consome esse bem tão precioso.

O tempo.

Vale a pena ter e retornar a esse livro sempre que quiser alguma dica de como ganhar minutos, que viram horas, e até dias, com o passar do tempo.

Se você gostou do tema, tem dúvidas, críticas ou sugestões, vamos começar a discussão!

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Bip.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Lições parte 1 - livro Imóveis: Como investir e ganhar muito dinheiro.

As lições desse livro vão ser divididas em 4 partes: 

- Peregrinação: em busca do diamante bruto.
- Antes da compra.
- Administração do imóvel.
- Venda/repasse.

Aqui vai a primeira parte, ao que você deve atentar antes de adquirir um imóvel.

Peregrinação: em busca do diamante bruto.

1. Trace uma meta de quantos imóveis você pretende ter em sua carteira em diferentes horizontes de tempo (1, 2, 5, 10, anos).
2. Defina marcos, os passos para alcançar a sua meta.
3. Comece a montar a sua equipe de negócios. Não é preciso tê-la toda pronta antes de ir atrás dos seus "diamantes brutos", mas pense em montá-la se seu objetivo é realmente ter negócios imobiliários. Ah, Cuidado com parentes - principalmente aqueles que não possuem habilidade e experiência comprovada.

Sua equipe, para Ken McElroy, deve ser dividida em alguns setores:

- Negócios: um advogado e um contador (para constituir a empresa).
- Busca: um corretor de imóveis e um administrador de imóveis (para encontrar e avaliar os imóveis, e lhe ajudarem a montar o restante da equipe).
- Oferta: um advogado, um financiador ou corretor de hipotecas, investidores e empreiteiras (no caso de você tentar constituir uma estrutura maior, de aquisição de grandes imóveis)
- Outros (a depender da sua necessidade e do tamanho do seu negócio): avaliador, arquiteto, corretor de seguros, especialista em impostos, agrimensor, engenheiro de estrutura, especialista em proteção ambiental, planejador.

A peregrinação: pense nesses três indutores de oferta e demanda.

1. Emprego. "É um fato que a população segue o emprego" (p. 65).  Uma oferta considerável de empregos pode oferecer oportunidades de unidades para locação. Mas avalie todo o cenário, inclusive como é a estabilidade da base de empregos. Conselho do Ken: "Até comunidades com muitos empregos podem ainda estar com um número excessivo de construções (...)" (p.65).

2. População. Lugares com personalidade, que permitem às pessoas construírem experiência de vida. Ou que estão ligados a determinados hábitos culturais da sociedade. Apesar de vago, o conceito é válido. Vale a pena visitar o bairro, conversar com as pessoas, e até pesquise como andam os fluxos de população na sua cidade. Observe ainda:

- Novas estradas, centros esportivos, comunidades planejadas, expansão de universidades, aeroportos, grandes eventos.
- Diversidade econômica da área, crescimento de mercado causado por mais de um elemento, cuidado com o pioneirismo (pegue a onda quando ela começar a crescer), e se quem mora lá tem condições de pagar pelo imóvel.

3. Localização. Visibilidade para motoristas, qualidades raras percebidas por olhos atentos às oportunidades, nascente ou poente. Lembre-se de basear a compra da propriedade no desempenho operacional dela.

*****

Bem, depois de peregrinar e achar seu imóvel, vem uma das partes mais importantes do livro de Ken McElroy: A negociação antes da compra.

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Bip.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Livro - O Homem mais rico da Babilônia.

"Nas páginas de História não existem cidades mais glamorosas do que a Babilônia. Seu próprio nome evoca visões de riqueza e esplendor." (p.151)


E os maiores exemplos disso são os jardins suspensos - uma das sete maravilhas do mundo antigo.

A frase que inicia esse post é do livro O Homem mais rico da Babilônia (The Richest Man in Babylon, Ediouro, 2005), de George S. Clason.

Eu li esse livro tão rápido - pela facilidade da leitura, o pequeno número de páginas (157), e por o assunto me interessar.

A edição ao lado é a 18ª. Essa obra começou a ser feita em 1926, com panfletos de Clason sobre economia, cujo cenário era a Babilônia, civilização das mais pujantes da antiguidade.

Situada em um local árido, essa cidade conseguiu desenvolver métodos inovadores para a época de irrigar plantações, construir casas - inclusive muralhas que, de acordo com estudiosos, chegavam a ter mais de 40 metros de altura.

Mas não era só isso. A Babilônia também teve seus milionários. Homens que aprenderam a economizar para o futuro. E aqui está a mais importante lição desse livro.

Clason utiliza personagens como Arkad - considerado o homem mais rico da Babilônia - e que era pobre. 

Mas a partir de alguns conhecimentos básicos aprendidos, enriquece até se tornar o maior milionário daqueles tempos. 

Tanto que o rei manda chamá-lo, para que ele ensine a outras pessoas o caminho para a riqueza, a fim de desenvolver a própria sociedade.

"É meu desejo que a Babilônia seja a cidade mais rica do mundo. Precisa portanto ser uma cidade de muitos homens ricos. Assim, temos de ensinar a todas as pessoas como adquirir riqueza." (Pedido do rei Sargon a Arkad)


(Seria tão bom que houvesse governantes sábios assim ainda hoje, não?!)

Arkad, então, ensina aos homens - e o que ele diz vai se transmitindo a outros, que por meio dos contos de Clason, difundem os conceitos principais.

- Trabalhe duro, e consiga seu dinheiro.
- Guarde pelo menos "uma de cada 10 moedas de ouro" que conseguir para sua poupança.
- Economize nos seus gastos e despesas.
- Encontre novas formas de ganhar dinheiro, e multiplicar o que já tem.
- Cuidado com as apostas de alto risco - principalmente se não tiver reservas.
- Adquira sua casa.
- Viva com até 70% do que ganha. Deixe 20% para comprar sua casa, seus bens e sonhos de médio prazo, e 10% para a velhice.
- Aprenda mais e mais, desenvolva-se mais e mais, e cresça na profissão e no trabalho.
- Procure multiplicar ainda mais seu dinheiro com quem conhece do assunto.

São apenas algumas das lições que se aprende. Depois, posso até postar sobre o assunto.

É bacana saber que, naqueles tempos ou atualmente, a forma de se economizar é a mesma. E só depende da gente. Do que a gente quer. Motivação e ação.

E você, já começou a juntar suas moedas de ouro, prata e bronze?

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Bip.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Livro - Imóveis: como investir e ganhar muito dinheiro.

Toda vez que eu posto aqui um dos livros da série "O Guia do Pai Rico", lembro-me de já ter comentado sobre como eu via alguns como meros caça-níqueis.

Admito que ainda não li todos. Os que vi, gostei da maioria. Por motivos diferentes.

Mas em cada um, é preciso ter a inclinação certa para se ler. O interesse naquilo em que se busca.

Dessa vez, eu queria saber mais sobre investimentos em imóveis. E, como nos anteriores, encontrei muitas (se não todas) as respostas de que precisava ao ler esse livro.

Imóveis: como investir e ganhar muito dinheiro (Elsevier, 2005), de Ken McElroy, um especialista em peregrinar atrás das melhores oportunidades. E que fez fortuna com esse tipo de investimento.

Esse é um livro pra quem gosta de colocar uma botina, ou um tênis, e sair atrás de apartamentos, casas, terrenos, enfim. Oportunidades escondidas atrás de edificações e áreas abertas.

Como qualquer investimento, esse aqui demanda trabalho duro. Antes, durante, e depois de comprar o imóvel.

Há muito tempo no Brasil, convencionou-se considerar qualquer investimento em imóveis como uma garantia. Algo físico. Sólido. Facilmente visível, e por isso, vendável.

Não é bem assim... O investimento só se comprova rentável quando ele lhe traz mais receita do que despesa. Ou quando você consegue repassá-lo a um valor pelo menos 10% superior ao adquirido.

Digo isso porque é o mínimo que se espera. Valores abaixo disso podem ser obtidos com Títulos do tesouro, bons fundos de ações, entre outros, no médio prazo.

Ken McElroy, desde o começo, pontua que é possível enriquecer com imóveis. Que não é necessário tanto dinheiro assim para se investir. E que é possível faturar bem tanto com aluguel como no repasse.

O cuidado principal - a parte mais importante do livro - está no trecho sobre a aquisição. É preciso atentar para cinco características (além é claro de ter cuidado com o excesso de otimismo do vendedor):

1- As receitas (estimadas) do imóvel.
2- As despesas (estipuladas).
3- A receita operacional líquida (receitas - despesas)
4- Taxa de capitalicação(Tx) = receita operacional líquida / preço de compra 
OU 
 - Preço do imóvel (1ª oferta a se fazer = Receita operacional líquida / Tx. de capitalização
5- Retorno caixa sobre caixa = Receita operacional líquida - valor da prestação do financiamento / Desembolso de recursos próprios.

Complicou? Calma. Trago nas lições aprendidas sobre esse livro, ainda nessa semana, mais informações sobre o assunto.

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Bip.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Retomando o livro - O Ponto da Virada


* Esse post originalmente foi publicado no dia 14 de Novembro de 2011, e retomado hoje, junto com o quadro Biblioteca de Negócios, na Band News FM Salvador 99,1 FM.

*****

Quando eu vi o livro do Malcolm Gladwell em uma megastore de Salvador, o que me chamou a atenção foi entender o fenômeno da viralização. 

Por exemplo, como os "pôneis malditos" viram um frissom. Ou como alguns resfriados podem se tornar epidemia - via uma espécie de histeria coletiva. 

E não só pela umidade ou disseminação do vírus. Há fatores psicológicos também envolvidos.

O Ponto da Virada (The Tipping Point, 2000-2002) fala sobre essa circunstância que faz um determinado fenômeno passar da normalidade e apresentar uma trajetória de alta. 

Uma espécie de desequilíbrio, mudança de trajetória no percurso natural.

O autor analisa os fatores que fazem uma mensagem se viralizar. São quatro principais - que podem atuar juntos ou isoladamente.

O primeiro é a regra dos eleitos. São as pessoas que fazem a mensagem circular. Ao promoverem um sapato, ou ao transmitirem uma mensagem de invasão de soldados inimigos.

Os eleitos podem ser comunicadores, pessoas bastante influentes e com contatos em várias áreas. Os experts - especialistas em certos temas. E os vendedores - aqueles com forte poder de contagiar e convencer os outros.

O segundo é o fator de fixação. Vai na mensagem. As formas de se transmitir, que tipo de elementos são empregados para que o público compreenda, absorva e queira mais.

Há ainda o poder do contexto. Ou seja, como o ambiente ao nosso redor influi nas nossas atitudes. Principalmente nos nossos julgamentos quanto a outras pessoas. Embora nem sempre a gente se dê conta disso.

Uma cidade mal cuidada, com pichações em muros e lixo nas ruas, influencia no comportamento mal educado, por exemplo, de jogar papel no chão. Ou até de cometer roubos, vandalismo, etc.

Não me refiro a Salvador, e sim a Nova York há uns 20 anos...

Gladwell me surpreendeu. Principalmente pela forma fácil como descreve suas conclusões, a partir de estudos sobre a atenção de crianças. A violência em Nova York. Ou mesmo da epidemia de suicídios na Micronésia.

(Aliás, esse é um dos motivos pelos quais os veículos de comunicação sérios evitam notícias sobre suicídios. Para evitar que esses casos se tornem manias)

Uma leitura interessante para profissionais de psicologia e gestores da comunicação - em especial publicitários e mercadólogos.

Afinal, eles são os principais interessados em viralizar. É quando sua propaganda toma a sociedade de assalto, e é a mais comentada.

Os pôneis malditos que o digam...

Ei, aproveite para comentar. Depois do bip.

Bip.