quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Série - Breaking Bad e suas lições de negócios

Imagem: Corbis
Os amantes das séries de TV norte-americanas tem diversos motivos para aclamar Breaking Bad, de Vince Gilligan, como um dos melhores exemplos do gênero. Se não o mais marcante.

Não só eles. Mulheres e homens de negócios também podem dizer o mesmo da odisseia do personagem principal, o professor de química Walter White, que decide partir para o tráfico de metanfetamina.

Diante da dificuldade de fazer dinheiro suficiente para enfrentar um câncer e cuidar de sua esposa grávida e do filho que tem uma paralisia, Walter escolhe a vida do crime ao lado de um ex-aluno, Jesse Pinkman.

E o que seria apenas uma atividade paralela ao ensino torna-se uma grande aventura com contornos dramáticos à medida que as temporadas avançam. São cinco, e valem as horas assistidas.

Não é a toa que tanto a produção como os principais atores - Bryan Cranston (White) e Aaron Paul (Pinkman) - foram largamente premiados pelo trabalho desempenhado.

Improvisar e inventar

Breaking Bad - em tradução literal, "tornando-se mal" - é um exemplo dos conflitos gerados por uma atividade escusa na vida de uma família. Ao mesmo tempo, mostra a inventividade do personagem principal em lidar com cada uma das adversidades.

Não elogio as ações de Walter White. "Ah, ele não tinha saída". "Fez isso pela família". "Não dá pra culpá-lo, a vida está difícil". Nenhuma dessas frases justifica partir para a ilicitude.

Só que é impressionante ver o cérebro dele em ação. Como ele antevê cada dificuldade. Todo o universo do tráfico de drogas é um grande tabuleiro, e ele sabe como cada peça vai se movimentar.

Ao conhecer os riscos e calcular as possibilidades de manter a cabeça em cima do pescoço, Walter desenvolve soluções mirabolantes. Algumas exploram suas habilidades como químico.

Mas o que impressiona é a capacidade de improvisar soluções. Uma aptidão bastante apreciada em diversas profissões e fundamental para aquele que tenta empreender de maneira lícita.


Jesse (Aaron Paul) e Walter (Bryan Cranston) negociam. Imagem: Reprodução
Cadeia do negócio

Outro ponto a ser observado na série por aqueles interessados em negócios é como as circunstâncias fazem White tornar-se empreendedor pequeno, trabalhar com parceiros complicados, negociar com eles, ter a visão de um negócio até chegar às cabeças do crime.

Todo o processo de desenvolvimento de um negócio e sua cadeia de relações e desenvolvimento são mostrados na série sob a ótica do tráfico, com um realismo fascinante. Esse retrato bem desenvolvido está casado com um roteiro lento, sem furos, e intrigante.

Se você quer ser empreendedor, assistir a essa série lhe mostrará os diversos desafios à sua frente. E o maior deles é estar ciente de cada etapa e dos riscos envolvidos em cada uma delas.

Walter percorre todo esse caminho enquanto lida com problemas e com um agravante de não revelar a verdade à sua família. E sem contar a polícia atrás dele.

Ética nas relações

Podemos questionar muitas das decisões tomadas pelo professor de química para manter o negócio do ponto de vista ético. Ele reflete muitas vezes um egocentrismo importante para que o empreendedor cresça, mas o exagero dele é algo que devemos ficar atentos.

É a cegueira ao acharmos que estamos acima da lei, quando estamos à margem dela, ou agir como nos convier que pode nos derrubar. Passar por cima dos outros não é a melhor solução, embora seja algo visto amplamente no mercado.

É a minha opinião. Pense bem nas suas escolhas. Prefira ser um empreendedor que trabalha pelo bem comum. E que desenvolve bons negócios para si e os outros players - o "ganha-ganha".

Claro que, em se tratando de tráfico de drogas, é ganha ou morre...

O produto campeão

Mas nada disso seria possível para Walter estar tão no centro dos acontecimentos se ele não tivesse desenvolvido um produto ideal para um mercado consumidor específico.

A metanfetamina azul criada por ele é desejada por todos os principais consumidores - e em seguida pelos distribuidores - do mercado do tráfico.

A metanfetamina azul de Walter White. Imagem: Corbis
Sem dúvida essa é a maior lição que a série pode ensinar a um empreendedor. Se o seu produto for bom, sua marca irá longe e todos estarão interessados no que você fez.

É claro que mesmo sua fórmula de sucesso, ainda que você a proteja, poderá e será copiada em algum momento. Esteja preparado para isso. Mas se o seu trabalho for bem feito ao desenvolver o produto, seus ganhos estarão assegurados.

Quem tem competência se estabelece. E não só Walter, como os atores e autores da série demonstraram isso, ao construírem um marco na história da televisão norte-americana.

Para quem não viu na TV, Breaking Bad está disponível no Netflix. Se você já a conhece ou se nunca assistiu e quer enriquecer o debate sobre o empreendedorismo em Breaking Bad, deixe seu comentário depois do bip.

Bip.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Livro - A Magia

Imagem: Submarino.com
Embora eu trate bastante aqui no blog sobre livros de negócios, abrirei o leque para tratar de uma obra de auto-ajuda. A Magia, de Rhonda Byrne.

Mesmo grandes livros como "Quem pensa, enriquece" do mestre Napoleon Hill e outros autores da área consideram a mentalidade positiva como algo capaz de ser um motor de mudanças na vida das pessoas.

Portanto, se você é daqueles que têm preconceito contra livros de auto-ajuda, peço que baixe suas defesas. Principalmente se as coisas não estiverem muito certas na sua vida.

Eu já vivi alguns momentos de decepção. Morte de amigos. Período de desemprego. Romances terminados - em geral, pela outra pessoa. Em cada um deles, enfrentei a dificuldade de superar e seguir em frente.

Nunca é fácil superar uma derrota porque ninguém gosta de perder. Lidar com o luto é uma arte difícil. Em alguns casos, a decepção não dura mais que 24 horas. Em outros, nem um ano é suficiente - a depender do enlutado.

É por depender desse indivíduo que a superação está ao nosso alcance. E esse livro, de uma forma diferente, mostrou-me isso.

Não sou tão familiarizado com as obras de Rhonda Byrne. Mas vivi um momento em minha vida que as minhas escolhas não davam certo.

Ainda que empregado, tinha dificuldade em atender às demandas. Um dos meus desafogos da rotina estressante, a atividade física, estava suspensa por causa de uma contusão na coxa. Nem paz de espírito eu tinha, e isso se refletiu em um relacionamento - que terminou.

No meio disso tudo, onde entra o livro, uma sugestão muito especial?

A Magia surge no momento em que até a pior das circunstâncias possui algo de bom dentro dela. Algo pelo qual se deve agradecer. Esse é um livro que poderia muito bem se chamar "gratidão", porque é disso que trata.

Tantas vezes esquecemos de dizer obrigado para as pessoas em atividades mundanas. Como o garçom que traz a sua comida. Ou a faxineira que limpa a sua sala. O cozinheiro que faz a sopa do seu restaurante favorito.

Quando agradecemos, demonstramos satisfação com o serviço realizado. Mas o livro vai além.

Ainda que não seja o melhor atendimento, um "muito obrigado" pode motivar o garçom a melhorar. O mesmo efeito teria na faxineira e no cozinheiro, e para qualquer outra pessoa.

Mas a principal mudança praticada está em você mesmo. Porque ao dizer obrigado até para os objetos mais simples no seu dia, como o ar que você respira, a água que bebe ou a saúde de que goza, você está movimentando a sua mente a acreditar que está tudo bem.

Isso é suficiente para lhe fazer abrir um sorriso todos os dias. E a buscar novos objetivos com motivação.

Os céticos diriam algo do tipo "ah, você apenas vira um bobo alegre". Ou "eu agradeci todos os dias e não ganhei na mega sena".

Aí está o problema. A mentalidade da gratidão ensinada no livro não pede em troca. Não é um caminho de retorno programado.

Ela apenas movimenta o seu corpo, cérebro e espírito para agradecer pelo que tem - e até pelo que ainda deseja antes de tê-lo. A mágica da gratidão atua em suas emoções, como uma forma a mais de estimulá-lo a ir em busca dos seus desejos.

Essa é a verdadeira magia. Alimentar sua mente a pensar positivamente mesmo na pior das situações. Naturalmente, você tomará consciência dessa força ao começar a buscar outras realizações, e se sentirá muito mais estimulado.

Por isso recomendo esse livro. Ele possui exercícios diários para serem praticados ao longo de 28 dias. E que podem ser retomados, a depender da dificuldade que você enfrente.

Ou mesmo para você que vai muito bem, obrigado. Leia. Os ensinamentos de Rhonda Byrne podem lhe surpreender.

Se você já leu A Magia e tem uma opinião a respeito, ou quer sugerir outras obras desse e de outros temas ligados à mentalidade positiva, deixe seu comentário abaixo.

Eu agradeço.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Trabalhe para realizar seus objetivos

Foto: Corbis

Já assisti duas vezes e não me canso das piadas de How I met your mother. Para mim, entre os famosos "sitcons" americanos - os populares seriados de comédia enlatados, com aqueles sacos de risadas ao fundo - é o melhor.

Mas antes que você imagine ser este um post sobre a série, apenas vou me ater a um trecho dela.

É uma cena que acontece na última temporada, portanto não vou identificar os personagens, para evitar spoilers. Apenas  direi que não são os principais - embora um deles tenha grande relevância na história e passava por um momento difícil, sem saber o que fazer da vida.

Quantos de nós não vivem, viveram ou conhecem alguém que passa por isso? "O que faço da minha vida"? "Será esse mesmo o caminho que quero seguir"? "Algo está faltando em mim, mas não sei o que é".

Tantas questões parecidas. Esse personagem B passava por um desses momentos. Eis que o outro, A, ensina uma lição sobre sonhos que todos já ouvimos de alguma forma. Só que não a praticamos.

No momento de dúvida de 'B',o personagem 'A' pergunta qual é o grande sonho da vida do outro. Ao ouvir a resposta - e poderia ter sido qualquer uma - ele dá o veredito definitivo.

"Então, a partir de agora, tudo o que você fizer da sua vida deve ser para atingir esse objetivo".

Tragados pelo cotidiano e seu rol de demandas - ganhar dinheiro, pagar contas, cuidar dos entes queridos, comer, trabalhar - muitas vezes deixamos de lado nossos sonhos mais íntimos.

Somos seres movidos pelo raciocínio, mas pouco o utilizamos para alcançar as nossas paixões. Aqueles que conseguem fazê-lo, em geral, são pessoas que satisfazem seus interesses. Ou estão em constante movimento para torná-los realidade. E também estão satisfeitos.

Nada dá mais prazer do que alcançar um objetivo. Seja ele qual for. 

Casar. Arrumar um emprego na área desejada. Abrir o próprio negócio. Comprar o primeiro carro ou casa. Conseguir um aumento. Conquistar a pessoa amada.

Tudo bem, você pode até não ser movido por desafios e ainda assim estar satisfeito. Ter paz de espírito com isso. Não há problema algum.

Para aqueles que não sabem o que é isso porque são constantemente bombardeados com as perguntas do quarto parágrafo deste texto, a dica do personagem de How I met your mother é um norte.

"Então, a partir de agora, tudo o que você fizer da sua vida deve ser para atingir esse objetivo".

Coloque isso como o principal guia de suas tarefas diárias. Ainda que seu trabalho hoje não lhe permita coincidir com os objetivos, tenha em mente que o trabalho desempenhado hoje deve ser para realizar aquele sonho maior.

Por exemplo, se a sua maior aspiração é ter sua própria loja, estude sobre isso. Pergunte a outros que têm um estabelecimento comercial como eles fizeram. Pesquise e se informe sobre alternativas de financiamento.

"Ah, mas não dá tempo, tenho que trabalhar para alimentar minha família". Todos temos que fazer isso. Pense em formas de usar seu tempo livre. Se necessário, fique uma hora a mais acordado. O sonho valerá o esforço. Ou seja, pense!

O sonho, o objetivo, o nosso desejo. Existe combustível maior do que esse?

Para não esquecer: "a partir de agora, tudo o que você fizer da sua vida deve ser para atingir esse objetivo".

O que você está esperando?

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Bip.